O que fazer para mudar o sistema de nomeação dos membros do Judiciário de segunda instância e da Suprema Corte no Brasil? Considerando a extensão e a profundidade dos escândalos, seria chocante se isso não acontecesse. Só vamos construir o País que queremos combatendo a cleptocracia que se apoderou do Estado brasileiro. Isso só acontecerá reformando-se legislações que perpetuam a impunidade e a corrupção desbragadas, como a indicação política dos ministros dos Tribunais de Contas, dos desembargadores dos Tribunais de Justiça sem o devido concurso da magistratura e sem prática processual, sendo uma quinta parte indicada pelos deputados estaduais e pela Ordem dos Advogados do Brasil, subseções estaduais aos governadores por meio do famigerado 5º Constitucional, do STF (Supremo Tribunal Federal), que tem um colegiado composto de 11 juízes que são pessoas indicadas pelo presidente da República ao Senado, que, após sabatina, são nomeados para o cargo e lá permanecem até aos 75 anos de idade. Grande parte deles sequer é magistrado de carreira. Esse sistema oligárquico desonroso é uma das fontes geradoras de parcialidade e de corrupção que reina no Brasil há décadas. Cujo sistema veda flagrantemente o direito de brilhantes jovens juízes de carreira de participarem de relevante cargo de juiz da Suprema Corte. E, para tanto, é necessário reduzir o prazo vigente de permanência para tão-somente oito anos. Como também é necessário extirpar o vergonhoso foro privilegiado de congressistas, permanecendo somente para o presidente da República no período da função. Porém, se a classe política, Executivo e Legislativo, não reformar as legislações supracitadas, incluindo também a extinção do instituto da reeleição de mandatos políticos consecutivos, a impunidade e a corrupção reinante no Brasil permanecerão em nosso meio ad infinitum. Com a decisão monocrática prolatada por Dias Toffoli, juiz do STF, ao anular todas as condenações que foram sentenciadas pelo ex-juiz da extinta Lava Jato Sérgio Moro contra o doleiro Alberto Youssef, réu confesso conforme consta nas sentenças, confirma todas as alegações contidas neste texto, com a diabolica probationem.
Francisco Emídio Carneiro
São Bernardo
Soberania
Afrontam a soberania brasileira os atos patrocinados pelos senadores e deputados federais, em Brasília, nas dependências do plenário Ulysses Guimarães da Câmara, Casa do povo brasileiro. Ultrajante e desrespeitosa a bandeira do Trump no evento, movimento antipatriótico contrário ao povo brasileiro. Verdadeiros aloprados por uma causa insana jamais imaginada, com a liderança do político Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara. No voto democrático, na eleição de 2026, vamos eliminar da vida pública este grupo nefasto. Não ficarão impunes, tenho certeza. Chegaram ao extremo limite da intolerância com aquelas imagens hasteando a bandeira do Trump. Ficarão marcados na história.
Ronaldo Duran
Santo André
Autoritarismo
Excelente o texto assinado por Mauri Freitas, de Santo André (Venezuelização, dia 23). Infelizmente acredito que ele não está enganado. O Brasil está caminhando ladeira abaixo e rápido.
Walmir Ciosani
São Bernardo
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