Localizado na Vila Feital, o grupo Amigo é pra Essas Coisas atende jovens, moradores da cidade, entre seis a 17 anos de forma gratuita
Comandado pelo sensei Adilson Kenji Takeda Okada, o projeto atende gratuitamente meninos e meninas de seis a 17 anos, e ainda oferece turmas noturnas para adultos. Além disso, todos os alunos têm acesso, em datas esporádicas, a atendimentos com psicólogos e nutricionistas voluntários, além de workshops com temas como defesa pessoal e saúde mental.
"Nosso objetivo nunca foi só formar atletas, e sim formar cidadãos”, explica Kenji, que lidera o projeto ao lado de outros professores e voluntários. “A gente cobra boletim escolar, comportamento em casa e respeito com os mais velhos. Quando uma criança muda de postura, melhora na escola ou passa a ajudar os pais depois de frequentar as aulas, a gente sabe que está no caminho certo”, conta.
A associação, com este nome, nasceu há cerca de dez anos, mas é fruto de uma trajetória mais antiga, iniciada ainda nos anos 1980. O grupo surgiu da união entre ex-alunos e discípulos do sensei Kaor Okada, nascido no Japão e um dos pioneiros do judô em Mauá.
Os treinos acontecem de segunda a quinta-feira, com turmas separadas por idade e nível técnico. “Temos crianças que chegam aqui aos seis anos de idade e vão crescendo com a gente. Cada faixa conquistada é resultado do desempenho no tatame, e também da evolução como pessoa”, afirma Kenji.
MUDANÇA
A dona de casa mauaense Givanilde Domingos, 42, mãe do aluno Henrique Domingos, 14, é uma das pessoas que notaram a influência da arte marcial na evolução pessoal do filho. “O judô formou o Henrique como cidadão. Ele está no projeto desde os sete anos. Aqui ele aprendeu respeito e responsabilidade. Como mãe, é uma tranquilidade saber que ele está em um ambiente que realmente se preocupa com o futuro dele”, afirma.
Além dos treinos, o projeto realiza intercâmbios e festivais, participa de competições regionais e prepara os atletas para federarem e disputarem campeonatos estaduais e nacionais. Apesar disso, de acordo com o sensei Kenji, a lógica nunca foi de resultados. “A competição é importante para testar o avanço técnico, trabalhar a ansiedade e a mente. Ela é um complemento, não o fim”, explica.
A associação também atua de maneira inclusiva, com acolhimento a alunos com autismo e outras condições. Segundo Kenji, o judô permite o desenvolvimento motor, emocional e social dos jovens. “Tem aluno que chega sem saber nem se relacionar. Com o tempo, vai entendendo o coletivo, aprendendo a respeitar o espaço do outro. O judô é individual, mas o espírito é de grupo. Eles vibram com as conquistas dos colegas e isso é lindo de ver”.
As inscrições para participar do projeto estão abertas e há vagas disponíveis em todas as turmas. Para se inscrever, é necessário ser morador de Mauá e comparecer diretamente à sede da associação, na Avenida Dona Benedita Franca da Veiga, nº 132, no bairro Vila Feital, durante os períodos de aula. No local, é preciso apresentar xerox dos documentos pessoais do aluno e do responsável, além de comprovante de endereço e atestado médico.
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