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Felca x Hytalo: entenda a polêmica sobre exploração infantil

Influenciador expõe casos de exploração de crianças em conteúdos digitais e questiona responsabilidade de plataformas

09/08/2025 | 16:08
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FOTO: Redes sociais Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra


Um vídeo do influenciador Felca, que já ultrapassou 15 milhões de visualizações no YouTube e 3,6 milhões no TikTok, trouxe à tona novamente as polêmicas envolvendo Hytalo Santos. A publicação começa com um corte do próprio Hytalo dançando com crianças de biquíni ao som da música POCPOC, de Pedro Sampaio – conteúdo que seria um dos exemplos do que Felca classifica como exploração e adultização de menores.

Na última sexta-feira (8), o perfil de Hytalo Santos foi desativado no Instagram, logo após a repercussão das acusações. O influenciador, que possui mais de 20 milhões de seguidores, já estava sob investigação do Ministério Público da Paraíba (MPPB) desde 2024, sob suspeita de utilizar crianças e adolescentes de forma inadequada em seus conteúdos.

Adultização infantil: o que está em jogo?

No vídeo, Felca – que tem mais de 4 milhões de inscritos no YouTube – apontou Hytalo como um dos responsáveis por promover a exposição precoce de menores em contextos adultos. Um dos casos citados foi o de Kamylla Santos, de 17 anos, cuja imagem estaria sendo sensualizada nos vídeos.

"Isso não é 'fofinho', é um roubo da infância", afirmou Felca, destacando os riscos da adultização:

- Sexualização precoce e aumento do risco de abuso

- Problemas psicológicos, como ansiedade e depressão

- Dano irreparável ao desenvolvimento emocional

A postagem do youtuber recebeu mais de 100 mil comentários, com muitos apoiadores elogiando sua coragem em abordar o tema sem monetização.

MP aprofunda investigações

O Ministério Público da Paraíba mantém dois inquéritos contra Hytalo Santos, analisando possíveis violações ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). As investigações, que tramitam nas Promotorias de João Pessoa e Bayeux, avaliam se os vídeos do influenciador têm conotação sexualizada com a participação de menores.

Hytalo ficou conhecido por produzir conteúdos ao lado de crianças e adolescentes, a quem chama de "filhos". Em sua defesa, o influenciador afirmou que todas as aparições são autorizadas pelos responsáveis: "As mães sempre acompanharam tudo. Tenho um relacionamento muito bom com elas", disse. Ele também ressaltou que algumas das jovens envolvidas nas polêmicas já são emancipadas.

Pressão pública e reação das redes

Apesar das justificativas, a repercussão negativa e as denúncias levaram ao bloqueio de sua conta no Instagram, reacendendo o debate sobre a regulamentação de conteúdos com menores nas plataformas digitais.

Felca reforçou a necessidade de não engajar com esse tipo de material e cobrar ações mais rígidas das redes sociais: "Enquanto isso, uma a cada oito crianças sofre abuso sexual antes dos 18 anos. Não podemos normalizar isso", alertou.

O caso continua sob investigação, e a discussão sobre a proteção de menores na internet ganha força.




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