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Reação ao tarifaço
Do Diário do Grande ABC
07/08/2025 | 08:54
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 Foi recebido como lufada de ar fresco o resultado da reunião em Brasília entre a FNP (Frente Nacional dos Prefeitos), capitaneada por Gilvan Ferreira (PSDB), chefe do Executivo de Santo André, e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), para discutirem os efeitos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros, que começou a vigorar ontem. Alckmin prometeu lutar 24h por dia para defender a indústria nacional, inclusive a pneumática, que sustenta boa parte do Produto Interno Bruto do Grande ABC. A disposição para a luta é importante porque, caso persista, a medida poderá impactar a balança comercial regional, com reflexos na geração de empregos.

Realizado ontem, o acionamento da OMC (Organização Mundial do Comércio) para contestar o tarifaço, uma barreira protecionista injusta e desequilibradora, marcou o início da reação brasileira. Para mitigar os efeitos, o governo deve também abrir negociações com Washington, lideradas pelo Itamaraty e pelo próprio Ministério do Desenvolvimento. No plano interno, incentivos à exportação, linhas especiais de crédito e medidas antidumping podem dar fôlego às empresas afetadas, garantindo condições mínimas de competitividade e manutenção de postos de trabalho. A coordenação entre União, Estados e municípios é vital para proteger o setor produtivo, sinalizando aos parceiros internacionais que o Brasil defenderá seus interesses.

Os mais recentes resultados da balança comercial entre Grande ABC e EUA mostram que o diálogo é essencial: enquanto a região exportou US$ 345,7 milhões, importou US$ 325,3 milhões do país norte-americano. São valores importantes. A parceria é estratégica e precisa ser preservada em bases justas, evitando retrocessos graves. Ao levar dados concretos e alertas a Brasília, como fez o prefeito de Santo André, a região cumpre seu papel de mobilização e defesa do setor produtivo. Cabe agora ao Brasil transformar esse alerta em ação coordenada, combinando diplomacia, medidas econômicas e pressão institucional, para que a sobretaxa não se torne um freio ao crescimento industrial e à geração de empregos no País.




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