A recente agressão cometida por um ex-jogador de basquete contra a namorada – com mais de 60 socos desferidos dentro de um elevador – trouxe à tona, mais uma vez, a gravidade da violência contra a mulher no Brasil. O caso ganhou repercussão nacional e escancarou uma realidade alarmante que se repete em silêncio todos os dias.
Segundo os dados da 19ª Edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho, os feminicídios alcançaram um recorde histórico, com um aumento de 0,7% de casos no ano de 2024. No total, 1.492 mulheres foram assassinadas e oito em cada dez casos, o autor do crime era o companheiro ou ex-companheiro da vítima.
A maior parte desses assassinatos (64,3%) ocorreu dentro de casa, espaço que deveria representar segurança, mas que para muitas mulheres se transforma em cenário de violência.
Esse cenário tem impulsionado a procura por práticas de defesa pessoal, como o Krav Maga, uma técnica de origem israelense que vem ganhando força entre o público feminino por promover não apenas estratégias de autodefesa, mas também o fortalecimento emocional.
“Quando as mulheres percebem que, a partir do treinamento com profissionais habilitados, elas ganham técnica e controle emocional, elas mudam sua postura diante de ameaças e se tornam capazes de defender a sua vida e de seus filhos”, explica Grão Mestre Kobi Lichtenstein, presidente da Federação Sul Americana de Krav Maga e a maior autoridade da modalidade na América Latina.
Defesa como ferramenta de empoderamento
Atualmente, 30% dos alunos da Federação Sul Americana de Krav Maga são mulheres, número que vem crescendo nos últimos anos. As alunas buscam não apenas aprender a se defender, mas também fortalecer a autoestima, desenvolver a autoconfiança e romper com a sensação de medo constante.
Durante os treinos, ministrados por profissionais habilitados, as mulheres aprendem respostas práticas e rápidas para lidar com diferentes tipos de agressão, armada ou não. O foco é preparar o corpo e a mente para agir com firmeza diante de situações de risco.
“O Krav Maga foi criado por Imi Lichtenfeld, na década de 40, para que qualquer pessoa, independentemente de seu sexo, idade ou força física, pudesse se defender de agressões vindas de uma ou mais pessoas, armadas ou não”, explica Grão Mestre Kobi, que completa: “este ano, o Krav Maga Mestre Kobi completa 35 anos no Brasil e tem ajudado muitas mulheres, tanto a melhorar a condição física, quanto no aumento da autoestima e da autoconfiança”.
Conheça a Federação
A Federação Sul Americana de Krav Maga é a maior organização da modalidade no mundo, com atuação no Brasil, México, Argentina, Portugal, Estados Unidos e Canadá. A entidade é reconhecida mundialmente por preservar a filosofia original do Krav Maga e formar instrutores com base na metodologia israelense.
Grão Mestre Kobi (faixa-vermelha – 8º Dan) foi o primeiro aluno autorizado por Imi Lichtenfeld a difundir a técnica fora de Israel. Radicado no Brasil desde 1990, ele supervisiona pessoalmente a formação dos instrutores da Federação, garantindo a qualidade e ética da prática.
Para mais informações, acesse:
www.kravmaga.com.br