Marcelo Oliveira autoriza início das obras ação da única casa bandeirista da região, que tem 300 anos; conclusão será em dezembro de 2026
As casas bandeiristas são edificações do período colonial construídas, com paredes de taipa de pilão (barro socado), para ser um ponto de apoio às expedições bandeirantes entre os séculos 16 e 18. “O Museu Barão de Mauá tem um papel importante de resgatar a história desta cidade, de não deixar a história se apagar. Vamos ter um espaço que vai fazer muita diferença na vida dos mauaenses e na nossa cultura. Assinar esse restauro traz uma emoção muito grande, entre tantas obras que assinei. O Museu Barão de Mauá continua vivo”, comemorou Marcelo Oliveira.
O museu, localizado na Avenida Doutor Getúlio Vargas, 276, na Vila Guarani, em atividade desde 1982, possui um acervo com mais de 10 mil itens, entre objetos domésticos, ferramentas de trabalho, documentos, fotografias, peças etnográficas, livros e arquivos históricos. Após a restauração do imóvel, os itens retornarão para o local e o museu será reinaugurado, porém, sem data prevista ainda, de acordo com o prefeito.
“Nós vamos acompanhar periodicamente as obras e, assim que o restauro estiver encaminhado, alguns itens do acervo vamos trazer para cá. Não sei se vai caber tudo. Sabemos que alguns precisarão de algum restauro e, se precisar, vamos fazer. É uma história que terá uma nova fase”, avaliou.
LEIA TAMBÉM:
Incêndio em árvore centenária dura ao menos três dias
PROJETO
O Museu Barão de Mauá é um patrimônio tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo). A restauração da estrutura e revestimentos será realizada sem descaracterizar o imóvel.
O custo total é de R$ 4 milhões, provenientes do ProAC (Programa de Ação Cultural), do governo do Estado. A primeira fase, a elaboração do projeto, já foi executada e teve um investimento de R$ 400 mil. Agora, começam as obras.
O engenheiro civil Érico Bertoletto, da Engenho Cultural, empresa responsável pela restauração, explicou que, para o desenvolvimento do projeto, foram realizados estudos históricos para resgatar todas as características originais. “Algumas partes foram descaracterizadas, como uma janela que hoje é uma porta. Ela vai voltar à sua função original. Também já foram identificadas todas as patologias e haverá a necessidade de intervir na estrutura, fazendo por exemplo a descupinização. As obras começarão pelo telhado e vão chegar em cada parte do imóvel, que terá também pisos, paredes, portas e janelas restaurados”, descreveu.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.