Planejados no início do século XX, os quatro bairros modificaram a geografia urbana de Santo André
“Em 1922 o crescimento da cidade de São Paulo forçava as linhas limitantes da natureza invadindo várzeas, vales e colinas, atravessando os rios Tietê e Pinheiros até alcançar a Serra da Cantareira. Para os lados do Tamanduatei, fábricas, armazéns e moradias operárias acompanhavam as linhas de trem e fixavam-se nas várzeas”.
Cf. Sandra Regina Colucci, “Entre verrinas e ditirambos”, capítulo 1, São Paulo, espaços e lugares (Scortecci, 2024).
Graças aos quatro loteamentos ocupantes do Vale do Tamanduateí em Santo André, o trânsito para São Caetano e São Paulo ganhou duas avenidas modernas e largas, a Industrial e a Presidente Wilson, esta rebatizada no trecho andreense com o nome de Avenida Dom Pedro II, continuidade da atual Avenida Goiás em São Caetano.
Até então, a interligação com São Caetano era feita pela antiquíssima Rua Catequese, toda em curva, dos tempos coloniais.
As vendas de lotes ao longo das novas avenidas começaram em 1921. Para atrair os primeiros compradores, os loteadores chegaram a fazer um circuito ferroviário interligando as estações Santo André a São Caetano, o que facilitou a vinda dos interessados na compra de terrenos.
À frente do empreendimento, a Empresa Imobiliária de São Bernardo, dos irmãos Pujol.
Em pleno Vale do Tamanduateí nasceriam os bairros Industrial (destinado às fábricas) e os bairros Jardim, Campestre e Santa Maria, para diretores, funcionários e operários das novas indústrias.
A propaganda da época dizia que bairros como o Jardim eram destinados à burguesia, pela proximidade do Centro. De fato, coube aos diretores das novas indústrias, e das antigas, como o sistema Rhodia, ocuparem os primeiros chalés do Bairro Jardim.
A depressão de 1929 atrapalhou os planos dos Pujol e os loteamentos foram assumidos pela família Simonsen, que deu continuidade ao projeto e às vendas, eliminando o bondinho que seguia pelo trecho.
EM VÍDEO – No Face Book da Memória e nas plataformas do Diário a versão animada da história dos quatro bairros.
Semana que vem no “Momento Memoria” o centenário do bairro Baeta Neves, em São Bernardo.
Crédito da foto 1 – Estadão Acervo
À VENDA. O primeiro anúncio da Empresa Imobiliária de São Bernardo, datado de 1921
Crédito das fotos 2 e 3 – Projeto Memória
AVENIDA INDUSTRIAL. Trecho da antiga indústria Nordon, hoje desativada
NAS ONDAS DO RÁDIO
GRANDE ABC E VOCÊ
No Dia Nacional do Futebol, 19 de julho, a lembrança do Campeonato Paulista, disputado desde 1902.
Festa na capital e no interior, as cidades e seus clubes: Ferroviária, Botafogo, Guarani, Ponte Preta e tantos outros.
Aos domingos, as cidades se preparavam para receber torcidas de todos os pontos. E o campeonato durava quase o ano todo, com turno e returno.
Vieram as transmissões, primeiro pelo rádio (lembro bem do Fiori Gigliotti), depois pela TV: Record, Tupi.
Os estádios representavam o poder das cidades e dos clubes. A rivalidade saudável dos times, o encanto, o talento de seus jogadores e a alegria da plateia.
Hoje, infelizmente, o futebol no interior sobrevive de um Campeonato Paulista de dois a três meses. Saudades.
Produção, apresentação e texto de abertura: José Carlos Pereira, que fez história na Publicidade do Diário. Consultora musical: Marilza Cunha Pereira. Amanhã, sábado, a partir das 7h da manhã. Rádio ABC AM (1570) e FM (81.9).
QUINTA AVENIDA
Nesta edição, agora sim, Peppino Di Capri, que por problemas técnicos não foi ao ar semana passada.
Produção e apresentação: Ronaldo Benvenga. No ar nesta sexta-feira a partir das 12h.
Para ouvir, acessar o site: www.radio365.com.br/radio-365-news/
DIÁRIO HÁ MEIO SÉCULO
Sexta-feira, 18 de julho de 1975 – Edição 2801
MANCHETE – Desastre na Central do Brasil mata 20 e fere 100.
Rio – O elétrico prefixo UM-29 tombou ontem (17-7-1975) no Centro do Rio de Janeiro.
SANTO ANDRÉ – Inaugurado ontem (17-7-1975) o 4º Distrito Policial, à Rua das Pitangueiras, 622, bairro Jardim.
EM 18 DE JULHO DE...
1870 - Nascia, na cidade de Bohemia, na Áustria, Francisco Gaschler, imigrante radicado no Núcleo Colonial de São Bernardo no final do século passado com descendência até hoje na cidade.
1905 – Grande exposição de animais no posto zootécnico central, na Mooca, em São Paulo, com apresentação de touros e animais de sela, montador ou puxador.
Entradas custavam 500 réis, com direito à passagem de bonde.
A renda destinava-se ao asilo dos expostos da Santa Casa de Misericórdia.
1955 – Tomava posse o Conselho Diretor do Rotary Santo André (biênio 1955-6). Na presidência, Alcides Beck Beccardi substituía Fábio Kowarick.
A posse foi realizada no Restaurante Anchieta, junto à Praça Embaixador Pedro de Toledo, o Largo da Estátua.
Presentes 150 rotarianos. Os andreenses recepcionaram clubes de São Bernardo, São Caetano, São Paulo, Santos e Mogi das Cruzes.
Entregue a Taça “Fazer Boas Amizades” a clubes e rotarianos.
A diretoria do Rotary andreenses era completada com João Simões, Dante Gerodetti, André Ramounoulou, Mario Guindani, Hilardo Dalla Verde, Sr. Okumura e Paulo Pyles Louzano.
MUNICÍPIOS BRASILEIROS
Aniversariam em 18 de julho: Anadia (AL), Conceição do Almeida, Itamari e Santaluz (BA), Cristalina (GO), Fronteira (MG), Luiz Alves e Palmeira (SC) e Ponta Porã (MS)
HOJE
Dia Nacional do Trovador.
Parceiro da Memória, leia “A Arte a Felicidade”, de Luiz Máximo de Souza (Imprensa Metodista, 1979). É um livro de trovas, maravilhoso, feito por um trovador de São Bernardo – o Sr. Luiz Máximo. Ensina o que é trova. E apresenta versos como estes:
A Arte da Felicidade
Tem-na todo ser pensante:
Basta-lhe amar de verdade
Toda a vida, todo o instante.
Aproveitem e visitem o Monumento à Trova, nos jardins do Grupo Escolar Maria Iracema Munhóz, Praça Lauro Gomes, em São Bernardo.
Prefeito Marcelo Lima, o senhor conhece o Monumento à Trova da sua cidade? É lindo. Só precisa de urgente manutenção.
São Frederico
18 de julho
Bispo de Utrecht, na Holanda, e mártir. Faleceu na Holanda, no ano 838.
Ilustração – Mission Spazio Spadoni
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